N/a Crônicas
Hoje li um relato no meu Facebook de uma pessoa que foi cercada por três crianças de menos de 10 anos em uma tentativa de assalto.
Uma tentativa de assalto por si só já é algo surreal, mas nós cariocas já nos acostumamos com tais percalços.
Mas o que mais me choca é que o padrão “de menor” está cada vez mais “de menor”.
Moro no final de Ipanema, uma área que aos fins de tarde aos finais de semanas vira um campo minado.
Ontem por volta das 17 hrs sai para correr, no primeiro ponto de ônibus que passei dois adolescentes se cutucaram e me olharam, na duvida se eles estavam me achando bonitinha ou outra coisa apertei o passo.
No quarteirão seguinte, outro ponto de ônibus lotado de menores esperando para voltar para casa.
Já esperta acelerei o passo no modo “estou já aquecendo na corrida” e passei a uma certa distância, mas um menino também com no máximo 10 anos veio em minha direção me intimidando com cara de diabo tipo, daqui você não passa.
Eu não sei se foi instinto mas virei para ele e falei: Tá maluco moleque, some da minha frente agora!
No ponto de ônibus todos os “de menor” já prestando atenção, ali eram eles e eu, tenho certeza absoluta que se estivesse devagar e tivesse sido intimidade teria perdido minha correntinha e meu telefone, era completamente obvio.
Ao retornar para casa escutei diversas vezes gritaria e via movimento de menores correndo no meio da rua.
Enquanto isso no quarteirão anterior uma patrulhinha da polícia zelando pela segurança de algo que não consegui definir.
Entrar nas estatísticas cariocas infelizmente é apenas uma questão de tempo.
