FLASHMOB DO É O TCHAN

FLASHMOB DO É O TCHAN

Eu não tenho problema algum em achar qualquer coisa na minha bolsa.

Caneta, carteira, celular, maquiagem, notinha de compra, prendedor de cabelo, tarraxa de brinco, chave, barrinha de cereal ou a tampa de alguma coisa que não deveria estar ali. Eu me entendo na minha (des)organização.

A bolsa é o infinito particular da mulher.

Agora… Esfriou e lançou mão daquele sobretudo lindo cheio de bolso, que você só usa uma vez na vida outra na morte, já era.

A opção de sair da sua zona de conforto provoca alguma distorção magnética do centro da Terra.

Eu tinha em mãos um bilhete de embarque, outro da bagagem, um celular e um RG.

Refleti e quis dar a esses itens um novo lar temporário.

Batata.

Já perdi meu celular umas quinze vezes, a passagem três e o RG então…

Como os homens tem a pachorra de dizer que a bolsa de uma mulher é um buraco negro?

Ando no saguão do aeroporto como quem se revista a cada segundo.

Dez passos e:

– Ih, cadê meu celular ? Mão no bolso.

Mais dois passos para esquerda:

– A passagem! Cadê? Mão no bolso.

– Vou precisar do meu RG. Cadê ele?! Mão no bolso.

Sou praticamente um flashmob solitário do “É o tchan!”

Mas hoje agradeço por não ser homem, porque se com apenas dois bolsos é esse desespero, imagina como é usar terno e ter bolsos internos para chamar de seu.

Deus me livre guarde.

Alias, deixa eu guardar as coisas na minha bolsa mesmo!

 

26/07/2013

Sobre Nicole

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