No Arpoador vimos uma cadelinha linda com uns surfistas. Ela estava sem coleira e andava faceira por lá como se aquele lugar fosse seu quintal.
A desconfiança de ser uma cadela de rua não pairou por muito tempo, pois era muito bem cuidada – apesar de ter ido nos acompanhando totalmente independente até a Praia do Diabo.
Até brinquei dizendo que os cachorros cariocas são assim, livres, só colocam a sunga e vão para a praia, ao contrário dos cachorros paulistas, coxinhas cheios de coleiras.
Lá no Diabo, vários cachorros se divertiam e em todo grupinho de cachorro lá estava ela, super enturmada.
Depois de um tempo, e de vê-la escalando as pedras ao encontro de um cara, percebi quem era seu dono, um dos surfistas que já tinha visto mais cedo, o cara que estava na pedra.
Ao meu ver, além de onipresente ela detinha o título de rainha do Arpex.
Já no asfalto indo embora, a vejo novamente, dessa vez não solta, mas sim em sua coleira:
Um strap de prancha de surf.
Ela é carioca…
Ela é carioca…