Um dos pilares das diferenças regionais é o ato de cumprimentar alguém.
Em São Paulo paulista dá um beijinho só – já me contaram que é porque eles estão sempre apressados. Eu, carioca, dou dois. Ou seja, já me atirei em muitas bochechas paulistanas em busca do segundo beijinho e fiquei a ver navios.
Em BH você ganha um beijinho e um abraço! Então quando você já está em procedimento de segunda bochecha de repente, de graça, você é abraçado!
Acho lindo, acho free hugs total! Mas calma! Eu tô acostumada com capitalismo selvagem! É muita ternura, fico meio sem jeito!
Rodando um pouco mais por esse Brasil afora a diversificação continua.
Tem lugar que te dão TRÊS beijinhos! Mas três? Da onde que tiraram três!?
E quando entra um aperto de mão no meio? Aí meu amigo, danou-se! Você tá concentrada no rosto! Eu sou a rainha de segurar a mão das pessoas com duas mãos e fazer de apoio!
Não adianta! Saindo de sua área de cObertura você está fadado a tomar o risco daquele constrangimento de movimentos erronêos naquele momento essencial que é a sua apresentação inicial!
Não tem jeito!
Quem nunca ficou beijando o vento que atire a primeira pedra. E quem nunca quis dar uma assobiada e disfarçada também!
Pela padronização do mundo dos beijinhos já!