Eu tenho problemas com muitas opções, não tem jeito.
Cardápios de restaurantes me deixam angustiada. Posso ser a primeira a fazer o pedido mas até o garçom anotar o pedido de todos da mesa eu já troquei de prato duas vezes.
Sou old school, sou do tempo que batata frita de saquinho tinha sabor de batata.
Aliás, já repararam nos sabores de batata hoje em dia? Sabor peito de peru, sabor carne assada, sabor frango assado.
Oi?
Qual é o intuito? Uma refeição completa dentro do saquinho? Por onde se escondem as batatas com gosto de batatas?
E os Yogoberrys da vida? Tem tanta opção que sempre termino de ler o cardápio cansada e pedindo um sabor natural – sem toppings pelo amor de Deus.
Lógico que sempre tem alguém na minha frente pedindo com a maior cara blasé do planeta:
– Eu quero um natural com manga, morango e MM’s – tão básico quanto blusa branca e calça jeans.
Entendi.
E para comprar shampoo? Gente, o mundo ficaria muito mais fácil se continuássemos com shampoos para cabelos secos, normais e oleosos, não acham?
Que palhaçada é essa de shampoo sem sal? Para que criaturas de Deus? Para evitar a pressão alta já que shampoo vai para a cabeça?
Eu hein.
Nem menstruar com simplicidade podemos mais! É absorvente com abas noturno, com abas diurno, sem abas, fluxo intenso, mais gordinhos, mais fininhos, carefree, OBs de todos os tamanhos, com formato anatômico ou em coloridas embalagens. Ufa!
Até as pobres das galinhas sofrem com essa necessidade de ser diferente! Em um cardápio por aí li uma vez: Galinha orgânica… Convoquei uma reunião de cúpula com meus botões e aí descobrimos que a galinha orgânica nada mais era que uma humilde galinha caipira..
Neste ano de eleição eu voto por um mundo com menos opções.
Afinal, um pacote de vida básico é tudo que precisamos, perguntem aos nossos ancestrais!