Correios.
Dois atendentes.
Quatrocentos e oitenta e cinco velhinhos, uma grávida e três pessoas standards.
Sim, Copacabana é um case onde a fila de prioridade é menos eficiente que a fila padrão.
Mas esse não é o foco.
Minha missão: Colocar uma carta registrada nos Correios.
Quando chega a minha vez, a funcionária começa a metralhadora de serviços:
– Confirmação de recebimento?
– Não, obrigada.
– Mascote das Olimpíadas?
– Desculpa?
– A senhora gostaria de aproveitar e levar um Mascote das Olimpíadas?
– Não, obrigada. E sorrio.
– Então uma TeleSena?
(Isso ainda existe?)
– Não, obrigada.
– Um adesivo das Olimpíadas?
(Essa mulher está me sacaneando)
– Não. E sorrio do tipo, moça, pára?
– Algum outro título de capitalização?
– Moça, só o meu troco seria ótimo.
Ela devolve catorze reais em moeda e tenho certeza que repete o mesmo sorriso que dei assim que viro as costas.