N/a Crônicas
Estar grávida é um momento sublime, não tenho dúvida alguma. Mas esse momento sublime é interrompido toda vez que você olha para sua barriga e percebe que sua filha participa da equipe de nado sincronizado com trilha sonora de festival de música eletrônica.
Meu amor, qual a química louca que acontece na digestão da comida da mamãe que te deixa mais saltitante que um canguru muito doido?
Eu sei que viver em uma bolsa de água deve ser meio boring… Não consigo imaginar como deve ser uma vida sem Wi-Fi e submersa 24/7, mas eu também já passei por isso, por mais que um dia você vá virar os olhos quando eu vier com essa de que “eu sei o que você está passando…”
E espero que por essa razão, do tédio subaquático, você nunca queira ter um peixe beta em um micro-aquário redondo.
Ah, também peço que não invente moda de querer fazer pole dance tão logo você vier ao mundo. Sei que o cordão umbilical é o seu grande entretenimento aí dentro e que você curte fazer umas acrobacias nele, mas aqui fora existem coisas bem mais lúdicas e mais apropriadas para a sua idade, tá bem?
Com amor, mamãe.
