Eu e duas torres de vinte e quatro andares com quatro apartamentos “per lage”.
Me deito na espreguiçadeira com a bunda ao léu, ou melhor ao céu. (Esse lance de bunda ao céu também é novo para mim. Meus muitos anos de praia no Rio de Janeiro nunca me levaram a tamanha ousadia, talvez porque tamanho nesse caso seria só da ousadia de colocar um popô muito do sem graça para …jogo. Aqui acho que me sinto mais reservada, há!)
Cochilo e curto o ventinho e a falta de areia misturando-se com gotas de suor que brotam de glândulas espalhadas pelo corpo.
Quando volto ao mundo dos olhos abertos me deparo com quatro crianças, três adultos, um moço fazendo um book com seu pau de selfie e de repente uma comoção entre os pequenos! A água que estava congelante agora estava bem quentinha -comemoravam os pequenos mijões.
E aí entendo o conceito de conviver em sociedade, o significado de condomínio e a falta que um fone de ouvido faz até a hora que um minions resolve jogar o colchaozinho da esteira de sol na água, fazer de prancha e bater suas adoráveis patinhas espirrando água na minha fuça, no meu livro e na minha bunda.
Acabei de desistir de viver em sociedade, vou fechar meus olhos de novo. Tchau!