Na fila para tomar a quadrivalente, um mundo de crianças parece estar na fila da morte.
Os pais ou acompanhantes tentam de toda forma mostrar que não é para tanto. E pensam com seus botões como existem problemas mais graves na vida, né? (Quem dera que todo o problema fosse resolvido com uma injeçãozinha!)
Mas toda tentativa vai por água abaixo a cada criança que sai da sala de tortura. Gritos, berros, desespero. As caras são as piores, piores mesmo.
Dá dó! Superando a dó chega a ser engraçado.
Mas aí um menino que já observa há tempos todo o cenário de tortura adentra a sala. Penso: Tadinho.
De fora da sala escuto berros.
A criança sai com a mãe. Não sei o que a mãe prometeu para o filho lá dentro, mas ele sai com um sorriso de orelha a orelha e dá até um tchauzinho discreto.
Fico orgulhosa do menino, que de alguma forma convencido por sua mãe ou pela própria percepção, entendeu que espalhar o desespero, só causa mais desespero.
Se pudesse pedir música no Fantástico, pediria para ele Queen – We are the champions!
Esse daí brilhou!
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Em tempo, levei 45 minutos para tomar a quadrivalente no Brooklin, tempo excelente dado a média encontrada na cidade. Fui na Imune em Moema mais cedo e só sábado eles terão a vacina – se não me engano por 210 reais. Aqui paguei 130 para a quadrivalente, e o atendimento foi bem simpático.