O amor que nasce entre uma grávida e seu bebê ainda na barriga é tal qual o amor bandido.
Sabe quando dizem que é mulher de malandro?
Grávidas são mulheres de malandro, só que o malandro da vez é a surpresinha-kinder-ovo que cresce dentro da gente.
Pára e pensa:
Nós passamos a amar um serzinho que – por hora – só sacaneia a gente!
Este pequeno ser:
– Deixa a gente morrendo de sono.
– Deixa a gente enjoada.
– Deixa a gente desequilibrada (em todos os sentidos).
– Deixa a gente cheia de espinhas.
– Deixa a gente engordar e ficar super semelhante a um baiacu quando em perigo.
– Deixa a gente chorando por qualquer coisa.
– Desvia nosso dinheiro para outros gastos – que gastamos felizes.
– CHUTA a gente sem dó nem piedade.
– (Já) Não deixa a gente dormir. [Nessa etapa já sentimos saudades do sono e da capacidade de dormir do primeiro ponto lá em cima.]
Isso tudo ainda dentro da barriga…
Sem contar a necessidade desse amor bandido ser despejado do aquário de peixe beta alguma hora ou por meios naturais – e então é tipo cera quente na virilha, não tem jeito, só acaba quando termina, ou seja, se a cera já tá lá, só acaba quando puxa (sai) – ou por meios cirúrgicos, onde somos fatiadas tal qual um sashimi fresquinho. Sete fatias até onde eu sei, minha obstetra me corrija se eu estiver errada!
E sabe o que é mais louco? Mesmo depois disso tudo ainda choraremos e diremos que acabamos de descobrir o real significado de amor.
Se isso não é amor bandido, o que mais pode ser?