N/a Crônicas
Chopp viveu por sete anos no processo de auto-limpeza. Sempre foi sua própria máquina de lavar.
Higiênico que só, tomava vários banhos por dia.
Ontem foi dia das vacinas anuais e junto com nossa veterinária (atire a primeira pedra quem tem bicho e nunca falou “minha veterinária”), decidimos que era hora de um banho-pro, de profissional, igual a go-pro, sabe?
O banho virou um “happening”, com direito ao dono do PetShop vir buscar em mãos nosso felino em plena manhã de domingo.
Cerca de uma hora depois, delivery de Choppinho.
Ele estava claramente puto e com o selo da humilhação pendurado em seu pescoço:
Uma ridícula gravata amarela.
Como forma de protesto, Chopp se enfiou em todos os lugares com alto índice de poeira, como por exemplo, embaixo do sofá.
Não satisfeito, deitou no meio da cozinha e fez questão de tomar um novo banho, a sua maneira (#chupa80reais).
Bem a vontade, com a barriga para cima, finalmente entendi que sua humilhação não era pela gravata amarela, e sim pela virilha cavada que agora ele era obrigado a desfilar sem o mínimo pudor em pleno coração de Copacabana.
Ao invés da gravata poderiam ter me dado uma sunga, pensou.
