– Seu nome?
– Nicole.
– Como é que é ter o nome de Nicole?
– Como?
– Como é se chamar Nicole?
Tentei raciocinar naquela fração de segundos decisiva em minha vida.
– É bom!
Ela sorri.
– Faltam 29 mesas para sua vez… Quero chamar minha filha de Nicole.
– Ah! Bacana! (Tento fazer um raio-x para procurar uma barriga). O problema é que me apelidaram de Nikita, e eu não sou mais Nicole. Sou Nikita.
Ela me olha com clemência.
Vou para fora.
Retorno com o pager.
– Namorado impaciente e com fome, obrigada mesmo assim!
– Ah, sério?
E me olha como se fôssemos cúmplices.
Não acho barriga alguma, mas preciso dizer adeus de uma forma que seja selada aquela cumplicidade.
– Boa sorte com o nome Nicole!
BOA SORTE?
Saí constrangida com minha postura e com a certeza que as vezes o silêncio é melhor do que uma resposta dessas!