CÃO SEM DONO

CÃO SEM DONO

Fui à Petz da Bandeirantes agora há pouco e topei com uma feirinha de adoção da ONG “Cão sem dono”.

Lá estão quatro cachorrinhos. Um de 10 anos que está há 5 aos cuidados da ONG. Está de gravatinha todo lindo, esperando algo que ele espera há cinco anos pelo menos. Provavelmente antes ele só lutava para sobreviver.

Essas coisas sempre mexem comigo. Hoje meu estômago virou de manhã quando vi que uma blogueira “fitness” havia ganho (jabá) uma cadelinha quando certa vez ela havia resgatado uma e depois a recusado dando mil desculpas.

Bom, essa mulher faz o que quiser da vida dela, mas quando seus atos se tornam públicos as pessoas passam a julgar positivamente ou não.

E fiquei triste ao ver que tem gente que se aproveita da imagem de “boa samaritana” para lucrar. Enfim. Esse assunto é papo para outro post, mas achei curioso como os fatos se interligaram hoje.

Outro fato curioso foi quando abri o Face para vomitar isso, li muito rapidamente a Fern Echeverria escrevendo algo sobre alguém que perdeu um cão amado mas que tinha, apesar da dor, espaco para um novo amor. Não li o texto todo, pois queria escrever logo isso, assim que finalizar aqui leio com a devida atenção que merece.

De novo, conexões.

Quando abri o Face queria procurar algo sobre essa feira, mas não encontrei nenhuma divulgação.

Queria compartilhar para quem sabe mais gente dar um pulo lá. Além dos quatro cãozinhos, eles estão arrecadando ração.

Obviamente parei lá para conversar com o rapaz que é da ONG.

Enquanto conversávamos chegou uma moça, na mesma hora uma das cadelinhas, toda arrumadinha à espera de um possível lar – ela estava de colar! – mudou seu comportamento apático para abanadas de rabo e felicidade.

Ela abanava o rabo pois reconheceu a moça que lhe resgatara. O rapaz a tirou da gaiola, e a cadela encheu de lambidas a moça.

A moça olha para mim, sorri e diz:

Eu resgatei ela, é engraçado, nós nos vemos apenas uma vez por mês.

A gratidão de um animal resgatado não tem preço. Por mais que aquela moça a veja apenas uma vez por mês, ela sabe muito bem o bem que ela lhe fez, e retribui com gratidão.

Ah Nicole, porque você está escrevendo isso?

Porque juntei os sentimentos de hoje em relação aos bichinhos. O poder de alcance que certas pessoas têm e ao bem que elas poderiam estar fazendo.

Fiquei pensando na tal da Vida, cadelinha “resgatada” pela blogueira que até agora está à espera de um lar.

Pensei no filhotinho que apareceu na casa dela de raça, que “vale” 9 mil reais. Seria jabá? Se cabe um cão de 9 mil porque nunca coube uma Vida de rua?

Pensei no vovô que provavelmente nunca terá um lar de verdade, mas fiquei grata de saber que ele ao menos está protegido e rodeado de boas pessoas que torcem para o final feliz dele e de tantos outros.

Pensei no meu Chiquinho, de rua, que para mim vale muito, mas tanto que dinheiro algum compra.

Pensei em valores. Pensei em tanta coisa que deve ter ficado uma bagunça esse post.

Fritei tanto que fiz merda para estacionar o carro e fui obrigada a largar ele do jeito que tava para o namorado salvar o veículo de mais um arranhão mais tarde.

Enfim. Se você mora perto da Petz, passa lá. Dê um dengo, ou um saco de ração.

<3

Sobre Nicole

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