Sou urbana.
Não adianta.
Minha atitude mais roots no Natal é quebrar as nozes na dobradiça da porta na ausência de um quebra-nozes e olhe lá.
No menu peru e chester, de preferência já fatiados.
Mas neste Natal tive uma experiência quase transcendental.
Nunca havia parado para pensar que um dia poderia estar frente a frente com a tradição.
Eu e ela, em um mesmo ambiente.
Sabe aquela história do “você sabe o que é caviar? Nunca vi, nem comi eu só ouço falar?”
Pois é…
Cheguei naquele momento da vida em que os fortes se destacam dos fracos.
Fiquei frente à frente com um leitão a pururuca.
Eu e ele, tostadinho.
Depois de uns três minutos com cara de bunda indago com a inocência de uma criança de cinco anos:
– Amor! Como mataram ele?
– Ah meu amor, digamos que ele sofreu um acidente e morreu.
– Errr… Me passa o chester, por favor?