N/a Crônicas
Quando você vai sozinha a cafés e está grávida esbarra com uma necessidade típica de idas à praia sozinha, a necessidade de se afastar de seus pertences para se refrescar, ou no meu caso, esvaziar a bexiga.
iPhone, iPad, caderno, bolsa, tudo muito bem espalhado. O banheiro fica no segundo andar e o tiozinho do lado está muito concentrado com seu iMac e fones no ouvido para que eu faça qualquer aproximação modo carioca na praia sendo que estou em SP, em um fancy café, na maior friaca. Cenário igualzinho ao de um domingo de sol. Só que não.
Droga, quem vai dar uma olhadinha para mim?
Peço um descafeinado e sem muita alternativa, pergunto baixinho ao garçom:
– Será que é tranquilo eu deixar minhas coisas aqui ?
– Como? Mas claro. Não se preocupe.
Ele me olha pensando: Sua paranoica.
Eu olho pra ele pensando: Seu inocente.
Levanto no risco.
Nesse momento a única coisa que vale na minha vida é eu conseguir evitar que minha bexiga exploda, o resto é resto.
Vou.
Volto.
Calo a minha boca.
Observo que todos os paulistas ao meu redor levantam-se e deixam suas pequenas fortunas abertas e expostas como se estivessem em suas salas de casa.
Julgo todos como malucos.
A que ponto que cheguei, hein carica.
Pois é Isabela.. Infelizmente nossa cidade maravilhosa precisa mais do que nunca de gingado e atenção! Mas essa do café foi engraçada…!