CÉU ESTRELADO QUE NADA, VIVA AS LUZES DA CIDADE!

CÉU ESTRELADO QUE NADA, VIVA AS LUZES DA CIDADE!

Você percebe o quanto você é urbana em algumas situações:

Cinco da manhã, motorista da rodada, você precisa ir para a fazenda. Seu co-piloto está super para lá de Bagdá e depois de mais de quinze minutos de estrada de terra-total-breu ele vira para você e fala:

– Não faço a mínima ideia de onde estamos.

(Momento tá tranquilo, tá favorável, se ele não sabe onde está, quiçá eu que sou dependente nível hard do Waze em SP!)

———

Finalmente você chega em seu destino, desliga o farol do carro e aprecia aquele céu estrelado que só a roça tem.

Também pudera… As luzes da civilização estão tão distantes que é capaz de conseguirmos ver o útero de Marte tamanha a escuridão e o céu estrelado.

Lindo.

Aplausos tipo pôr do sol no Arpoador só que sem muitas (ou melhor nenhuma) almas-vivas.

Todos dormem, você tira a maquiagem, escova os dentes, deita e vai desacelerando lentamente….

Até que TODOS OS CACHORROS da fazenda resolvem latir em uma histeria coletiva sem fim.

Sem fim MESMO.

Inclusive Francisco, o único cão indoor AND urbano.

Pelas minhas contas são no mínimo sete cachorros lá fora muito bolados por algo que está acontecendo ou passando ao lado de fora da casa.

A “latição” já dura mais de quinze minutos e eu só consigo pensar naquele filme do Mel Gibson do milharal e os extraterrestres.

Sim, minha imaginação é fértil, mas sabemos que cães… Bem… Sabemos que cães vêem e sentem mais que a gente, né?

E eles continuam latindo, eu continuo super de boas – mas não – e me perguntando que horas a porra do galo começa a cantar e o dia começa a amanhecer, já que minha bexiga está cheia e não vou ao banheiro sozinha nem fo-deeeeennnnnn-do com essa orquestra – até porque o banheiro tem uma janela que dá para o mundo lá fora.

Nunca imaginei, mas sinto saudades do barulho do caminhão de lixo passando de madrugada em São Paulo.

Sobre Nicole

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