E aí você está tendo um dia de cão e resolve usar a sua hora de almoço para sentar por cravados cinco minutos no calçadão.
Você sabe que fotossíntese revigora a alma.
E você precisa disso por questões de sobrevivência laboral.
Você senta na escadinha da praia, de roupa social mesmo.
O moço da barraca até faz menção de oferecer cadeira, mas pára no meio do caminho – ele percebe que hoje não vai rolar.
Observo com olhos de estrangeiro.
Sou um peixe literalmente fora d’água daquele ambiente.
Mas o mar acalma.
Alguns segundos depois reparo que um homem está sentado em um banco tocando um trompete. Parece estar estudando.
Fico exatos cinco minutos ali.
E concluo que não importa quão ferrada você está, parar um pouco é preciso.
Parece que o mundo conspira, que o mundo de alguma forma dá um jeito de te ajudar.
Mesmo que você tenha apenas cinco minutos.