Estou há 381 km do lugar que sempre chamei de lar, da minha família e dos amigos que tanto amo.
Vida nova, cidade nova, pessoas novas, alegrias novas e tristezas também.
De repente um tropeço, um coração apertado, a vontade de poder estar perto das referências mas não poder.
Você aguarda um taxi, que nunca veio, e percebendo isso fica com raiva. Você está com raiva no meio do nada.
Um pulguento se aproxima, te rodeia, cheira sua perna e deita ao seu lado. Ele é tímido mas acho que queria era coçar a minha barriga, mas como paulistas e cachorros paulistas são na sua ele simplesmente ficou ao meu lado.
O whatsapp virou confessionário incessante, e o corpo de bombeiros foi chamado para apagar o incêndio.
Esse corpo de bombeiros é composto de pessoas maravilhosas (e lindas) que garantiam ter uma mangueira que chegasse a 381 km de distância se necessário.
No almoço, um embrião de uma uma amizade com direito a abraço, daqueles bem gostosos, mas sei que também no fundo era para ser uma coçada de barriga, mas timidez paulista né?
No whatsapp mensagens antes de dormir e bom dia, como você está?
No e-mail uma pergunta: Quer que eu vá pra ai?
Agora me digam, quem tem amigos tem tudo, inclusive um ombro amigo pra na hora que a perna mancar poder se apoiar para andar.
E o texto que começou borocoxô só por isso termina com dancinha! Há!
Areuah!