COPACABANA

COPACABANA

Eu morei em Copacabana por dez anos. Confesso que quando cheguei entortei o nariz – eu estava trocando o Leblon de Manoel Carlos pela princesinha do mar e na época preferia mil vezes Manoel.

Achava um bairro confuso, onde senhorinhas muito senhorinhas dividiam espaço com gringos e bundas e no meio disso uma lista enorme de bUtecos e farmácias.

Mas então Copacabana me abraçou, como abraça qualquer um que adentra seus limites e aí eu a aceitei, de verdade.

Indo embora hoje ás cinco e meia da manhã cruzei com muitos bêbados, alguns esportistas indo para uma corrida, uma névoa que vai zicar minha decolagem, nenhum velhinho e o Stallos a pleno vapor.

A princesinha do mar é liberta, faz o que quer sem se importar com julgamentos. Copacabana pode ser a casa da mãe Joana, mas essa mãe é que faz tanta gente se sentir em casa sem preconceito algum.

Meio Latino com seu chega aí pode entrar.

Dizer que tudo funciona sempre na paz por aqui seria uma mentira, mas não é assim que funciona uma grande família?

Hoje, fora desse caos, posso dizer do fundo do meu coração:

Como eu amo Copacabana!

Sobre Nicole

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