COPO DE REQUEIJÃO, NO MORE

COPO DE REQUEIJÃO, NO MORE

São Paulo, um restaurante da moda em uma sexta-feira à noite.

Papo vai, papo vem, vinho vai, vinho vem.

Depois de algumas horas de diversão percebemos que o restaurante esvaziou.

O garçom avisa que a cozinha vai fechar e pergunta gentilmente se queremos algo de lá.

A garrafa de vinho ainda não havia esvaziado.

Após alguns minutos minha amiga chama o garçom:

– Moço, tem como a gente levar o vinho? Percebi que vocês estão fechando. Você tem algum copo de plástico?

A gerente escuta a conversa, vem até a nossa mesa e diz:

– Você pode levar uma taça.

– As duas estão bebendo,
disse meu namorado.

– Tudo bem, vou fingir que não estou vendo!

Eu olho para minha amiga meio incrédula.

– Sério? Podemos sair com as taças na mão? Publicamente? Não seremos presas?

Nessa hora a equipe toda do restaurante já estava no salão participando.

– Sim, sim. Podem levar!

– Amiga! Caraca, sério? Já levei copo para casa, mas sempre sem querer e na ilegalidade!

O namorado da amiga segura a garrafa de vinho, bonita e já vazia.

– O senhor gostaria de uma sacola para colocar a garrafa?

É assim terminou nossa sexta feira. Entre risos na nossa mesa, sorrisos pelo restaurante, despedidas para toda a equipe, taça cheia de vinho e como em um final de filme ao sairmos do restaurante da moda as luzes se apagaram e com as uvas já bem fermentadas no lugar do THE END o filme terminou com GENTILEZA GERA GENTILEZA e mais duas taças de vinho para uma casa que começou com vinho em copo de requeijão.

 

Sobre Nicole

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