N/a Crônicas
Quando somos estagiários normalmente precisamos encher linguiça em nossos currículos já que não tivemos tempo hábil para adquirir experiência no tronco da vida corporativa.
O curso básico da encheção de linguiça normalmente é dividido em três sub-classes:
Encheção #1 – Idioma:
Espanhol avançado modo turbo com força.
Realidade:
Aham, aquela aula chata que você matava no segundo ano te deu domínio completo da língua espanhola lá em Buenos Aires aonde a maioria das pessoas falam… Português!
Encheção #2 – A tal da experiência internacional
Orlando.
Realidade: No bom e claro português fui para Disney sem meus pais.
Work Experience em algum lugar de ski nos EUA.
Realidade: Trabalhava no lift por quatro horas e torrava tudo que ganhava enchendo a cara em festinhas muito doidas com todos meus novos amigos.. Brasileiros!
Intercâmbio na Australia.
Realidade: Maconha e todos seus derivados na Oceania.
“Pô broder acho que tô muito doido, acho que tô vendo um canguru…”
Meu vizinhocontinuou no ramo até hoje, obviamente não mais como estagiário e sim como analista senior já que com o tempo ele adquiriu a experiência que os universitários sempre almejam!
E at last but not least:
Encheção #3 – O trabalho voluntário.
Realidade: Atitude linda de se fazer mas muitos por aí só começam nessa vida para contar no currículo… Sem pensar que onde conta mesmo é no currículo da vida (bonito isso né, eu li em um livro… #dado’s feelings).
Mas aí quando você acha que já viu de tudo nessa vida de CV’s vem um ser humano que encaminha seu currículo com a seguinte experiência:
Representante de turma nos anos de 2003 e 2004 no Colégio X.
(Obs: O tal do rapaz se forma na faculdade ano que vem)
Depois desse jab de direita foi impossível não refletir sobre quantas oportunidades de emprego não perdi ao não incluir em meu CV que além de representante de turma fui também Sinhazinha na festa junina do colégio em 1992.
Tolinha!
