Me sentia como uma garota do interior impressionada com o burburinho de uma cidade grande.
Como pode tanta gente super acordada a esta hora? O céu nem totalmente claro está!
E foi nesse momento, passando pela Marginal Pinheiros, que vi o reflexo do dia nascendo naquele poluído rio.
Entendendo que o céu virou um encontro literário de poesia pura, percebi que inconscientemente todo mundo que estava ali, estava aproveitando um espetáculo único de cores, mas dando a desculpa para uma sociedade capitalista que hoje era dia de rodízio ou que precisava chegar no trabalho cedo demais, na rádio tocava Paradise do Cold Play e eu de fato estava vivendo a beleza da situação.
….até a hora que precisei voltar para o planeta terra, após tomar o alarme da vida paulistana – uma bela buzinada de um motoboy, irritado porque eu estava usando a minha faixa de direito por inteiro.
Como diria Ana Maria Braga:
– Acorda, menina!