Eu, quando era jovem, conseguia ir para noitada durante a semana e existir no dia seguinte, inclusive – pasmem – trabalhando, ou fingindo muitíssimo bem.
Bebia vodka com red bull (arrepios só de lembrar) quase até a hora de tomar café da manhã e conseguia após pouquíssimas horas de sono fazer contas bem mais profundas do que 2+2.
Hoje tenho 31 anos e bebi 3 caipivodkas ontem. Sabe papo vai, papo vem. Sim, pode trazer outra dessa.. Resolvi então comer 6 (seis) brigadeiros porque percebi que aquelas 3 unidades etílicas, em copo de geleia, tiveram o impacto de 30 na minha mente e precisava dar uma equilibrada na glicose. Atleta é complicado, né? Quatro dias de cross-fit aí o metabolismo já pira de tanta vida saudável.
Acordei doente óbvio, sem saber onde estava a minha bolsa e dizendo veementemente que colocaram coisa na minha bebida (gargalhadas, né?).
Colocaram, álcool minha filha!!
Também fiz a fatídica pergunta:
– Amor, eu fiz vergonha?
Não, minha dignidade continuou conservada no vidro de formol, ou melhor, no copo daquela caipivodka maldita.
Não malhei, não consegui levar o Chico no adestramento, pedi THE FIFTIES (!!) de almoço, vegetei all day long e somente agora a noite consigo pensar em uma frase diferente de SOCORRO, ACHO QUE VOU MORRER.
Gente, não é possível que seja a idade só.
Certeza que colocaram coisa na minha bebida! Certeza, meu!