Antes de pisar em solo indiano, ainda “em trânsito”, vi o sol nascer e se pôr da mesma janela mais vezes que meu raciocínio abalado pelo fuso horário agressivo pôde entender.
Vi homens vestidos de árabes e por uma fração de segundos achei que também iria encontrar um isopor com esfihas ao lado, ou que estava a caminho de um bloco de Carnaval.
Meus olhos registraram tanta diversidade cultural e religiosa em tão pouco espaço de tempo que só consegui apreciar, muitas vezes sem entender muito.
Me assustei com as mulheres de burca ao lado de maridos vestindo chinelos e olhando para outras mulheres, me encantei com as mulheres muçulmanas não tão ortodoxas que mesmo cobertas até o talo se maquiavam lindamente, mas também fiquei sem entender quando vi uma japonesa vestida como tal (muçulmana).
Tomei um susto ao descobrir que uma das cabines de banheiro no aeroporto de Dubai era um moderno… buraco (optei pelo modo ocidental do xixi, se isso interessar a alguém, rs).
Tanta novidade, tão pouco tempo e apenas uma certeza mais que absoluta neste planeta Terra:
Falo com autoridade, mesmo tendo acabado de colocar os pés na Índia, viu?
O passarinho do ditado que come pedra era sem sombra de dúvida…
…indiano.