N/a Crônicas
Neste caderno anoto tudo que preciso fazer e tenho o hábito de riscar com lumino-color sempre que uma tarefa é finalizada.
Makes me happy ver o caderno todo colorido – de maneira uniforme, lógico.
Outro dia fiquei incomodada, a lumi-color verde acabou e precisei passar a usar uma laranja.
Durante os dias em que grifava de laranja na mesma página onde havia verde me sentia um pouco desconfortável. Infelizmente algumas tarefas levavam dias, por isso o “pout-porri” a lá anúncio da Faber Castel.
Minha sorte é que esse período carnavalesco já se foi, segundo registros ele acabou em 29 de setembro. Sim, coloco datas igual ao meu primário.
Foi tipo quando Saturno sai da sua Lua sabe? Um alívio enorme.
Mas descobri algo pior e gostaria inclusive de saber o que vocês fazem de esquisito para saber se eu tenho cura, Doutor.
Descobri que quando preciso anotar algum rascunho não uso as páginas “oficiais” e sim as últimas páginas do caderno.
O problema disso é que uso as páginas de maneira organizada. Como se a última página fosse a primeira, a penúltima a segunda é assim sucessivamente.
Descobri também que não faço rascunho pulando nenhuma página. A mesma ordem que sigo indo, eu sigo vindo, só que de trás para frente.
Mas como o mundo é um moinho – já dizia mestre Cartola, estou sofrendo novamente da agoniazinha corporativa.
Meu caderno está chegando ao fim e minhas anotações oficiais estão indo ao encontro dos meus rascunhos.
Bem Rio Negro com o Solimões.
Sim, isso me incomoda, eu juro.
