Mauro Rasi foi o primeiro cronista que tive contato na vida. Na verdade, naquela época nem sabia direito o que era um cronista, mas sabia que ele era o cara que escrevia coisas legais na última página do Segundo Caderno do jornal O Globo.
Por uma coincidência da vida, conheci uma Rasi e durante muitos anos não fiz o link de nascida em Bauru e carregando um Rasi nas costas. Mas um dia tive um click!
– Nath, errr.. Você é de Bauru né? Seu sobrenome é Rasi. Cara, você tem alguma coisa com o Mauro Rasi?
– Aham, ele era meu tio.
– COMO ASSIM eu nunca soube disso???? Morri! Que máximo!
Nath mora longe, bem longe de Bauru, mas nunca deve ter esquecido a minha cara de criança quando vê a Xuxa pela primeira vez.
Tanto não esqueceu que quando esteve no Brasil me convidou para a re-estreia da peça que seu tio escreveu.
Eu parecia um pinto no lixo.
Hoje fui buscar algumas coisas na casa da minha avó e entre as bugigangas catei um livro com as crônicas do Mauro Rasi que comprei em 29/07/03 (tenho mania de datar meus livros).
Aquele livro iria comigo.
Enquanto isso entro no Facebook. Ih! Hoje é aniversário do Mauro Rasi!
Que coincidência! Enquanto vejo meu celular, Chopp o gato se acomoda ao lado do livro.
Olho aquela cena e dou uma risada.
Eu, minha avó, o Chopp e uma mudança para Barueri.
Não sei não, mas acho que fui influenciada pela era Rasi.
E aí lembro daquela velha história, viva sua vida de uma forma que depois de sua partida você ainda possa ser responsável por sorrisos e alegrias.
E aí, qual legado que vamos deixar para o próximo?