Hoje, Francisco passou dos limites na novela “Meu sofá, minha vida.”
Furiosa, ordenei que o mesmo se mantivesse dentro de sua casinha de castigo, o que foi prontamente obedecido.
As portas estavam abertas, o castigo foi dado verbalmente e durante alguns bons minutos respeitado.
Na sala, de repente escuto suas patinhas.
Francisco, sabendo da caca que havia feito, precisava dar um jeito na situação.
E o jeito foi uma interpretação de dar inveja a muito aspirante de ator em Malhação.
Francisco veio em minha direção, mancando com a patinha dobrada, aquela que me fez resgatá-lo por ter sentido dó e compaixão.
O filho da mãe encenou, usou de chantagem emocional baratíssima para atrair a minha atenção e meu afeto pós-caquinha.
Sem acreditar no que estava vendo, ordenei séria que ele retornasse à sua casinha.
Ele me olhou ainda com a patinha dobrada no ar tentando mais uma vez me sensibilizar.
Não deu certo.
Deu meia volta, colocou a pata ferida-não-mais-ferida no chão e foi para o seu canto trotando normalmente como se aquela cena dramática anterior não tivesse acontecido.
Quando tive a certeza que ele já não estava mais em meu raio de visão, soltei aquela gargalhada que eu tanto precisava.
Salafrário.