O TAL DO VALOR

O TAL DO VALOR

Nada melhor que o olhar o mar não é?

Hoje resolvi bater um papo com ele.

Um dia nublado com praia vazia.

Praia vazia mas uma pessoa nos chamou a atenção.

Era um asiático, mas não aqueles asiáticos montados com suas máquinas fotográficas da era dos Jetsons.

Era um cara, não mais que 30 anos, havaianas verdes um pouco maiores que seus pés, calça dobrada quase até ao joelho, camisa branca e uma mochila nas costas com um guia do Rio de Janeiro a bordo.

O dia estava silencioso – como o mar. E ele cuidadosamente buscava o encontro das águas com seus pés.

Após o encontro olhava fascinado para seus pés e lá buscava uma nova marola para sentir a mesma sensação de novo.

E a cena se repetiu algumas vezes.

Engraçado que naquele momento tivemos a certeza de estarmos testemunhando um primeiro encontro muito especial.

Para nós, algo banal, rotineiro, algo que já faz parte de todos nós.

Para outros uma nova descoberta.

Conclusão clichê? O valor que damos ao que já nos acostumamos.

Que todos nós saibamos valorizar momentos/pessoas/situações como aquele carinha de olho puxado.

E que os aproveitadores de turistas não atrapalhem as descobertas do nosso japa do dia!

Sobre Nicole

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