As histórias de amor são sempre cercadas de poesias, dramas e um certo sensacionalismo. Afinal, não seriam histórias de amor sem (são) tantas emoções.
Hoje um cartaz em um poste me chamou a atenção… Era um coração escrito “Me perdoa, Josephine?” e algumas outras letras miúdas que por estar em movimento não captei.
Quando dou por mim realizo que todos os postes que seguiam tinham o mesmo apelo, um atrás do outro:
“Josephine, me perdoa?”
Não parecia uma jogada de marketing e sim um jeito de deixar público e mostrar ao público um pedido de perdão.
Um Facebook urbano.
Um, dois, três, nove, dez, onze, mil postes…
– O que será que “Astolfo” – minha míopia permite o nome fantasia – teria feito? Teria pego a irmã? A melhor amiga? A mãe?
Reparei também que depois de muitos postes com o apelo, os seguintes mostravam um outro apelo – provavelmente de desespero de Josephine.
Todos rasgados.
Um atrás do outro.
Para nós curioso e até poético, para Astolfo um drama de vida e para Josephine provavelmente sensacionalista demais para seu coração ferido.
Mas como já dizia Fernando Pessoa: “Todas as cartas de amor são ridículas, não seriam cartas de amor se não fossem ridículas..” Ou então Lulu: “Consideramos justa toda forma de amor!”
Ah o amor! Afinal, quem nunca pregou cartazes em um poste!?
….
….
Eu?
E aí Josephine, perdoou?