SENDO CARIOCA, SERÁ QUE TENHO FUTURO?

SENDO CARIOCA, SERÁ QUE TENHO FUTURO?

O que eu também não entendo parte dois, já que a parte um foi quando descobri que paulista toma água de coco na garrafinha de plástico.

Abre parêntesis – O vendedor abre a água de coco e entorna na garrafinha de plástico simples assim, bem natural… Bem no meio do parque. Agora me diz, não é muito mais divertido tomar a água do coco no corpo que a água lhe pertence? – Fecha parêntesis.

Estou eu, saindo do trabalho, quando sinto aquele cheiro de milho verde (que é amarelo mas se chama milho verde, vai entender).

Sinto aquele cheiro e prontamente me imagino em alguma praia, já me imagino pedindo para ele caprichar na Qually (opa já que é uma imaginação, posso trocar para manteiga Aviação?) e também já me vejo toda lambrecada daquela água quentinha que acumula no trequinho verde do Sabugosa.

– Hmm… Tô morrendo de fome hein! Ando resistindo a batatinha chips do oléo de 2002 fortemente, acho que mereço um milhozinho, penso e já me vejo em guerra mortal até em casa para tentar tirar sem ninguém perceber os trequinhos que grudariam nos meus dentes da frente, fazendo pressão suficiente para eu jurar que meus dentes iriam explodir.

Vou procurando encontrar da onde vem o cheiro até que topo com um mocinho (comprador) segurando uma caixinha tipo as de x-burguer de lanchonete de interior, sabe? Meio de isopor? Enquanto o outro mocinho (vendedor) RASPA o milho inteiro na caixa.

Meu irmão! Se as pessoas quisessem comer milhos raspados assim, elas comprariam uma lata de milho no supermercado, caramba.

Cadê o prazer da luta? Cadê o equilíbrio da água quentinha? Cadê aquela freiada que você dá andando e comendo porque deu alguma zica?

Eu sei que vivemos aqui com pressa de tudo! Eu sei! Mas pera lá. Cadê as pequenas grandes conquistas, pô!

Eu juro que tento entender a lógica dessa cidade, mas sendo carioca será que tenho futuro?

Sobre Nicole

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