Vejo um Lulu da Pomerania tamanho PP fazendo graça para sua tutora cheia de penduricalhos.
Passo por eles me comunicando com o pequeno Lulu, sou daquelas que conversa com cachorros estranhos em qualquer ambiente – inclusive os de alta renda.
Sua tutora mostra para o mundo quão classudo e obediente é seu Pet que desfila naquele piso chique. Acho graça e sigo a vida.
Penso em uma cena.
Francisco e eu adentrando o mesmo ambiente.
Francisco usando boné de aba reta, cordão e cantarolando MV Bill.
Suas almofadinhas calejadas da rua o fazem escorregar naquele mesmo chão liso que o Lulu desfilava com classe.
Vejo os seguranças se entreolharem e se comunicarem por walkie-talk (ainda existe isso?).
Eles caminham em nossa direção.
Chico olha para mim e abana o rabo esperando minha aprovação.
Aprovo com um balançar de cabeça e um leve piscar de olhos.
Ele levanta sua pata e faz um xixi na quina da Channel.
Francisco infla seu corpo como uma pavão e segue todo pomposo…
…Em direção à saída de emergência.