Dona Vera hoje chegou aqui em casa comentando que havia achado umas bananas a preço “de banana” no caminho para cá e comprou para ela.
Com isso emendamos em um papo de comida com banana que eu adoro. Comentei que uma vez havia comido um ravioli com banana da terra no Rascal de bater com a cara no poste e sai do papo super saudosa do tal ravioli.
Vim para o escritório fazer minhas coisas e daqui a pouco escuto Dona Vera falar que eu vou adorar o almoço.
Adorar o almoço vindo da Dona Vera é sempre afirmação certeira, então deixo as pequenas excentricidades para terça feira, que é o seu dia.
Eis que ela adentra o escritório, cata a banana que ela havia deixado aqui para Francisco não surrupiar e volta minutos depois rindo:
– Patroa, fiz especialmente para você!
E ria feito uma criança, pela arte do mimo e por me chamar de patroa que eu sempre intercedo dizendo que aonde no planeta eu sou patroa de alguém.
Era um bolinho de arroz, recheado com a banana que ela comprou para ela.
Enquanto mastigo e vou na lua ela abre um sorriso e fala:
– Depois que a Clara nascer não vai poder mais comer essas coisas, vai ter que entrar naquela dieta, hein!
Pequenas doses de amor, a gente vê por aqui.