O banheiro contava com duas cabines, ocupadas. Aguardei pacientemente minha vez, até que uma portinha se abriu e uma indiana de lá dentro saiu.
Engatei a primeira e fui contente aliviar minha alma e minha bexiga, mas tive que brecar no meio do caminho. O banheiro era no modus operandi indiano (um “moderno” buraco na chon).
Ok, já havia feito uma aula de yoga pela manhã e minha coxa já estava queimando naturalmente por isso, então optei por não fazer (e estreiar) na arte do agachamento sanitário e dei a vez para umas americanas atrás de mim.
Quando elas se defrontaram com a novidade ficaram meio cabreiras, mas acho que a ocasião fez o ladrão e eu ainda dei uma força:
– There is a first time for everything in our lifes!
E ri.
A amiga logo puxou um celular, repetiu minha frase de impacto para as outras mulheres que já faziam uma fila indiana (Turum tum Tss) e tascou-lhe um registro daquele momento.
A gringa fechou a porta, a do lado ocidental ficou livre e lá fui eu feliz fazer meu semi-agachamento.
Lá estava eu, naquele momento incrível de alívio, quando escuto várias esguichadas e uns gritos.
Era a gringa, ela estava em apuros e eu simplesmente quase cai dentro da privada de tanto que eu ria ao ver a sombra e os sons.
Não sei o que se passou ali dentro, isso foi algo totalmente da privacidade da gringa, mas minha intuição diz que ela tentou dar algum tipo de descarga e o tiro saiu pela culatra, ou foi direto na cara dela e eu até diria que quase me caguei de rir, mas estaria exagerando e seria muito feio para uma mocinha como eu escrever.
Mas que foi engraçado para caramba, foi!